quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Criação de personagem: Asafe, a patrulha dos espíritos

Asafe, a patrulha dos espíritos
"A imensa rocha continuava intocada. Asafe pôde se acalmar, seu trabalho a muito não exigia o gasto de energia. Ele estava apoiado nos galhos de uma árvore nas redondezas, quieto e furtivo como um corvo na noite. A rocha sussurrou numa língua muito antiga e sua voz ressoou livre até encontrar os ouvidos aguçados do druida.

Ele, e somente ele, era capaz de ouvir a rocha sussurrar. Eram os espíritos, ele sabia. Espíritos que haviam ficado aprisionados nas civilizações subterrâneas de Chattur'gah a muito tempo. A maioria das memórias sussurradas não fazia sentido algum, pelo menos para Asafe. Mas ele a vigiava, pois temia não fazer isso. Um dia, uma das inúmeras vozes havia lhe dito:

- Para aquele que me ouve: fique e guarde-me! - Asafe ficou e a vigiou, como uma patrulha de espíritos.

O druida reconheceu que aquele último sussurro era mais do que uma simples memória. Pôs-se de pé e, a passos lentos, aproximou-se da rocha até que o sussurro fosse plenamente audível:

- Chega a hora do patrulha de espíritos ausentar-se de sua vigília. Carrego uma mensagem importante dos três espíritos mais antigos para você...

... Asafe sentou-se em frente à rocha e escutou seu balbucio, crente em seu destino." 

Classe: Druida                        Raça: Humano
Tendência: Neutro                  Divindade: Zoe
Idade: 24 anos                        Altura: 1.67m
Peso: 65 Kg                            Tamanho: M
Região de origem: Chattur’gah
Influência: Tribo de Fenrir
Principal habilidade: Sabedoria.

Build: Asafe é um druida elementalista, selecione magias que controlem aspectos elementais: água, ar, fogo e terra. Os suplementos Mestres Selvagens, Completo Divino e Races of Wild possuem talentos que se encaixam no estereótipo desse personagem.

Prelúdio: numa noite turbulenta, onde uma forte chuva assolava o campo de batalha entre as tribos de Fenrir e Lycaon, uma bárbara berrava de dor e agonia quando seu ventre pulsou naquele exato momento. Seu filho resolvera nascer ali, em meio ao derramamento de chuva e sangue e, para uma assecla da brutalidade, não havia maior bênção. A bárbara gemia e mordia pedaços de couro até que suas gengivas sangrassem e seus dentes ficassem tortos. Foi quando os bárbaros de Lycaon a viram e puseram seus machados rente ao corpo, aquela era uma vítima frágil e oportuna, meia dúzia de bárbaros nojentos, encrispados de lama e sangue investiram contra a mulher no auge de sua agonia. Mas Zoe, a fera divina que a tudo enxerga na selva de Chattur’gah, abençoava aquele nascimento e, após um lampejo ofuscante veio um impacto sônico de um trovão ensurdecedor.
            O raio atingiu os vestígios de mata e um incêndio deu-se início. Os bárbaros que resistiram ao estrondo amedrontante viram um círculo perfeito de fogo circundar o corpo da bárbara em parto. Aqueles que foram marcados pela chama repentina contaram a história horas depois de fugirem da batalha e os Lycaon aprenderam a temer os Fenrir desde aquele dia. O bebê foi encontrado expelido da vagina de sua mãe morta e tratado como um bom augúrio para a tribo.
            Anos mais tarde, quandos os xamãs da tribo de Fenrir lhe deram a bebida dos espíritos, o então já batizado Asafe caiu em um delírio que parecia perpétuo e sentiu o ardor das chamas tocarem sua pele, incapazes de feri-lo. As chamas emanaram de seu corpo e os antigos espíritos vieram assistir a anunciação de um novo xamã de Chattur’gah, ungido por asas de fogo e abençoado pelos demais elementos naturais da selva.




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