FOR 10 (+0)
DES 14 (+2)
CON 13 (+1)
INT 12 (+1)
SAB 14 (+2)
CAR 12 (+1)
Classe: Clérigo (Amirys) 2
Tendência: Leal e Bom
PVs: 14
Pontos de perícia: 20
Resistências:
Fort +4 Ref +2 Von +5
Ataque:
Maça pesada: +1 (1d8)
Classe de Armadura:
18 (+4 brunea, +2 Des, +2 escudo grande de madeira)
Habilidades de classe:
Expulsar mortos-vivos (4)
Talentos
* Voto sagrado, Voto da abstinência, Cavaleiro dos celestiais
Cura ampliada (cura +2 PVs por nível da magia de cura)
Voto Sagrado (+2 de bônus de perfeição em Diplomacia
Perícias:
* Identificar magia 6, Conhecimento (religião) 6, Conhecimento (os planos) 4, Conhecimento (arcano) 4
Concentração 3 + 1 = +4
Diplomacia 1 +1 = +2 (+4)
Cura 2 + 2 = +4
Conhecimento (religião) 4 +1 = +5
Conhecimento (arcano) 3 +1 = +4
Conhecimento (os planos) 4 +1 = +5
Sentir motivação 0 +2 = +2
Identificar magia 2 +1 = +3
Domínios:
Cura (nível de conjurador +1 para magias de cura)
Conhecimento (nível de conjurador +1 para magias de adivinhação; todas as perícias Conhecimento são consideradas de classe).
Magias
Nível 0: 4
Nível 1: 2 +1
Idiomas: Comum, Celestial.
Prólogo I:
Calintz
Aqui
eu conto, em meu particular contexto, sendo este de minha exclusiva impressão e
propondo, então, ao veredito do leitor, confiá-lo ou não à sua crença, todos os
discernimentos presenciados por mim durante a vidência ocorrida na noite responsável
pela desconfiança de meu júri, narrando de forma detalhista cada vestígio que a
minha memória ainda conserva daquele dia de comunismo religioso.
Lembro-me
que as estrelas tingiam o céu escuro com um prata iluminado tão vivaz que o
firmamento parecia possuir um milhão de olhos perscrutadores atentos a assistir
a celebração que havia me sido negada nos últimos quarenta e cinco anos. O céu também
estava bafejado por uma nébula manchada, como se a própria respiração de Amirys
estivesse borrando um espelho cravejado de pedras preciosas.
Posso
me atrever a dizer que mantive uma certa segurança aparente em minha andança
para o ritual, sendo eu rodeado de outros servos da bela deusa, ajoelhados perante
as escadarias que antecediam o círculo rochoso que dava acesso ao pináculo
abraçado pela gigantesca forma humanoide cravada numa pedra tão branca que, na
noite, parecia brilhar como um reflexo da luz de um farol no mar. Ali eu
vislumbrei os contornos da aparição de minha deusa, em sua exuberância
magnífica, uma escultura perfeccionista de minha dama empunhando o alabardo da
sabedoria.
E,
sentado neste pináculo, diante um horizonte que contrastava o breu lúgubre com as
estilhas de luz brilhante, pude contemplar a construção majestosa que compunha
os alicerces montanhosos contornados pelo ofício da mão humana. O Templo de
Amirys, construído com tanto dom e beleza que, ao meu ver, naquele momento,
aquela edificação não era menos do que o baluarte do mundo. Compreendi porque
as estrelas pareciam um milhão de olhos: elas contemplavam a rocha que também
estava crivada pela perfeição (torres, abóbadas, campanários, arcadas,
escadarias e pontes que eram tão belos quanto a criação natural da noite).
Meus
comparsas oraram e uma centena de vozes misturaram-se à atmosfera, alternando
entre ecos masculinos e femininos num cantarolar santificado que carregava paz para
o espírito. Como tudo que o templo da bela deusa se certificava a fazer, a
celebração era um encanto demasiado para aqueles privilegiados que assistiam e,
em nenhum dos momentos, houve menos do que um estupor venturoso em meu coração.
Sentimentos que me inundaram e encheram meus olhos de lágrimas satisfeitas,
escorrendo como rios que desabam sob as pedras mais perfeitas.
Fechei
os olhos e novamente os abri e soube que a vidência havia sido iniciada. Eu,
plebe mortal, agora compartilhava da íris sagrada de minha deusa, enxergando um
céu que, a princípio parecia o mesmo do alto do templo, mas, enfim, um grupo de
luzes incontáveis se propagou de forma incandescente, rasgando o céu que
transbordava um rastro escuro e púrpura sendo perfurado por mil e um brilhos
dourados na forma de lança. Eles se agarraram às caudas dos cometas e pareciam
se avolumar crepitantes. Não demorou muito para que, aquilo que julguei como o
início de um espetáculo, ser confrontado pelos orbes escuros que choviam da
terra para o céu. Dos confins de um dos nove infernos para a cabeça de um
gigante titânico.
Então,
agora, devo limitar minha descrição, pois o que veio após danou minha visão devido
a um estupor brilhante e explosivo que ofuscou minhas órbitas desacostumadas
com as córneas sagradas. Eu poderia descrever como o princípio da criação de um
mundo inteiro falhando, deixando para trás suas proporções catastróficas.
Fechei meus olhos com afinco, temendo que se não o fizesse, ficaria
permanentemente cego.
Tampouco
criei coragem para abri-los e senti que a ardência daquela visão ainda queimava
os meus olhos. Eu sabia que ficaria cego devido à minha curiosidade, mas mesmo
assim os escancarei, sentindo a dor lancinante tocar minhas órbitas enquanto o
borrão luminoso me roubava a vista, mas ainda assim vi as estrelas... as
estrelas que explodiam e perdiam o brilho. As rastreei nos poucos segundos que
me restavam de últimos vislumbres e uma delas tornou-se um rastro espiralado de
ouro partindo pelas terras desconhecidas e subindo no topo do mundo para então
desabar sob a costa montanhosa de Larkadian. Explodindo, rompendo-se em brilhos
contínuos que, inevitavelmente cessaram e tornaram-se fagulhas, para então se
moldar e esconder-se na escuridão da mesma noite.
Agora
estou cego, mas em cada repouso meu me vêm essas imagens, cada vez mais perfeccionistas.
Eu estou consciente de minha perspicácia onírica e poderia guiar um grupo de
servos do Templo de Amirys para o ponto onde a rocha celeste se chocou com a
terra em que pisamos. Minhas inclinações me confirmam que devemos fazer isso o
mais rápido possível.
Dou
por finalizada minhas observações e espero as atitudes do conselho.